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Este livro não é uma disputa ou um “encontro”: nestas páginas, Christian Laval, coautor do aclamado A nova razão do mundo, pretende desdobrar o movimento das pesquisas “quase contemporâneas” de Michel Foucault e Pierre Bourdieu sobre o que ambos identificaram como “neoliberalismo”, mostrando de que maneira esses pensadores franceses fizeram disso um objeto de reflexão em contextos e com ferramentas teóricas específicas, construindo duas confrontações que têm como característica comum uma explicação e uma resistência diante do surgimento histórico do acontecimento neoliberal.
Em Foucault, Bourdieu e a questão neoliberal, Christian Laval detecta e ilumina os processos, os elementos e as dimensões que, ao se entrelaçarem, possibilitaram que esses dois autores, tão importantes para a reflexão sobre o social e o político, apreendessem precocemente a novidade e o ineditismo do que identificaram como “neoliberalismo”. O livro apresenta de modo claro as contribuições de dois pensadores que, por caminhos distintos, apontaram as reconfigurações e modulações das relações sociais, dos processos socioeconômicos, das mutações do poder, mas também dos modos de subjetivação e formas de comportamento, dimensões normativas e clivagens, práticas, enquadramentos, horizontes. Convergências e divergências entre as suas obras são também destacadas. Como elementos comuns, ganham relevância um processo de aceleração da construção política do Homo oeconomicus, ao lado da certeza de que a apreensão do presente não poderia ser reduzida à colonização mercantil da totalidade do espaço social. A guinada neoliberal e sua intensificação precisaram da alavanca política, de uma ação normativa e simbólica. Para Michel Foucault e Pierre Bourdieu, colocava-se a necessidade de uma profunda reelaboração da crítica da ordem. Além das divergências epistemológicas evidenciadas no livro, as prospecções que resultam da identificação dos múltiplos aspectos do neoliberalismo e as proposições práticas pensadas por cada um também apontam para horizontes diversos entre si: a busca da sociologia como lugar crítico contra uma ilusão escolástica, em Bourdieu, e um recomeço possível a partir das práticas e de sua invenção, em Foucault. Se as contribuições desses autores não são suficientes para compreender o neoliberalismo e suas transformações, elas devem, segundo Christian Laval, nos inspirar, nos instigar a perceber sua coerência interna e sua potência crítica, num diálogo livre que possibilite a compreensão do presente e a formulação de um horizonte de práticas possíveis.